Aumento da poluição do ar gerado pelas indústrias Consequências da Industrialização no Brasil O processo de industrialização brasileira apresentou vários aspectos positivos, mas também negativos. Principais aspectos positivos: - O Brasil deixou de ser dependente das exportações de produtos agrícolas; - A economia brasileira foi, aos poucos, se livrando da dependência da importação de produtos industrializados estrangeiros. - Os salários nas indústrias, com o tempo, ficaram mais atrativos do que no campo; - A industrialização gerou renda, aumentou o consumo e impulsionou o crescimento da economia brasileira; - O preço de produtos industrializados passou a ficar mais barato para o consumidor brasileiro. Antes, os manufaturados importados chegavam aos brasileiros a preços exorbitantes, limitando o consumo às classes sociais mais elevadas; - Aumentou a imigração para o Brasil, principalmente de italianos, espanhóis e alemães. Esse aspecto pode ser considerado positivo no sentido de que esses imigrantes trouxeram muitas experiências profissionais para o nosso país. Também podemos destacar o fato de que eles contribuíram para a formação da cultura brasileira.
Industrialização é um tipo de processo histórico e social através do qual a indústria se torna o setor dominante de uma economia, mediante a substituição de instrumentos, técnicas e processos de produção, resultando em aumento da produtividade dos fatores e a geração de riqueza.
Assim, a economia, antes de base agrária, artesanal e comercial, passa a ter uma base urbana e industrial - o que gera transformações profundas sobre os modos de vida e o padrão de relações sociais anterior. O sistema de produção artesanal, manual, espacialmente disperso, dá lugar à produção serial, mecânica, espacialmente concentrada, padronizada, isto é, capaz de gerar produtos de qualidade homogênea. Toda a economia e toda a sociedade se reorganizam em função do desenvolvimento da indústria. A industrialização pode ser parte de um processo mais amplo de modernização, em que a inovação tecnológica, desenvolvimento econômico e mudança social estão estreitamente relacionados. Há um processo de crescente racionalização, introduzindo mudanças de atitude dos indivíduos e da sociedade também com relação à natureza, que passa a ser vista principalmente como recurso produtivo.[2] Algumas das principais características do processo de industrialização são:
Entretanto, a industrialização não ocorre em todos os países e, quando ocorre, pode não ser na mesma época ou da mesma forma. Uma fábrica moderna. A partir de meados do século XVIII, na Inglaterra, ocorreram importantes mudanças tecnológicas, que tiveram profundo impacto no processo produtivo, com repercussões nas esferas econômica e social. A esse conjunto de transformações chamou-se Revolução Industrial. Depois da Inglaterra, vários outros países passaram por processos análogos, ao longo do século XIX. A chamada Primeira Revolução Industrial foi marcada pelo surgimento da primeira máquina a vapor e pelas consequentes mudanças na sociedade em virtude dessa nova tecnologia. Na América Latina, a organização CEPAL criada em 1948 defendeu em seus primeiros trabalhos a industrialização como a alternativa para a região se desenvolver economicamente.[3] Já a chamada Segunda Revolução Industrial envolveu uma série de desenvolvimentos dentro da indústria química, elétrica e siderúrgica, com base no uso intenso do petróleo como fonte de energia. Por fim, a Terceira Revolução Industrial, conhecida também como a Revolução Digital ou mesmo Era do Conhecimento, caracteriza-se pelo uso da informática e telemática e as consequentes transformações nas relações sociais e econômicas.
Muitas pessoas acham que, quando se constrói uma fábrica ou indústria em uma determinada localidade, está se industrializando esse lugar. Mas industrialização não é, simplesmente, a construção de uma fábrica aleatoriamente. Entende-se por industrialização quando um dado local – pode ser um país, uma cidade, um estado ou uma região – passa por um processo em que a sociedade e os modos de produção deixam de ser predominantemente agrários e passam a ser industriais. Dessa forma, a industrialização é o crescimento ou a expressão da atividade industrial. As indústrias, no modelo capitalista de produção, consolidam a existência de duas classes sociais principais: os trabalhadores – ou proletariados – e os patrões – ou burgueses. Os segundos são os donos dos meios de produção, isto é, são eles quem fazem os investimentos e são donos dos instrumentos de trabalho e das mercadorias produzidas. O processo de transformação industrial de uma sociedade é considerado o próprio símbolo da modernidade, pois promove a expansão das cidades, a formação de grandes centros comerciais e proporciona o crescimento da economia, além de gerar mais empregos e, consequentemente, aumentar o número de consumidores. A formação de indústrias provoca, portanto, grandes transformações no espaço geográfico. O primeiro local do mundo que passou pelo processo de industrialização foi a Europa, com destaque para a Inglaterra. Esse país, com base nas riquezas que acumulou a partir de sua expansão imperialista, conseguiu, no século XVIII, realizar a chamada Revolução Industrial, com a invenção de máquinas capazes de auxiliar ou até substituir o homem nos sistemas de fabricação de mercadorias. No Brasil, esse processo aconteceu muito tempo depois, em razão da elevada dependência econômica que herdamos de nosso passado colonial. Dessa forma, o Brasil somente passou a se industrializar a partir da década de 1930, na chamada Era Vargas. Porém, esse processo só se intensificou a partir da década de 1950 em diante. Atualmente, as indústrias se modernizaram, fugindo daquela antiga imagem de fábrica com chaminés. Muitas delas funcionam em escritórios e, às vezes, nem produzem materiais concretos, como as empresas de programas de computadores. Além disso, as relações de trabalho também se transformam, muitos trabalhadores realizam o serviço em casa, em seus computadores pessoais, comunicando-se com os seus patrões apenas pela internet.
Outra característica das indústrias atualmente é a existência das chamadas multinacionais, também conhecidas por transnacionais ou empresas globais. Como o próprio nome sugere, são empresas estrangeiras que se instalam em outros países à procura de trabalhadores com salários mais baixos, matérias-primas mais baratas e maior facilidade para destinar os seus produtos aos consumidores. Hoje em dia, uma cidade ou região que não possui indústrias é considerada “atrasada”, porque não é capaz de gerar emprego à sua população. Assim, todos os locais se esforçam para atrair indústrias para a sua região, o que torna evidente a importância da industrialização nos dias atuais. Por Rodolfo Alves Pena Graduado em Geografia |