O que estudar para crescer na vida

Quem pensa que crescer profissionalmente tem apenas a ver com uma mudança de cargo, está muito enganado. Esse tipo de desenvolvimento é, acima de tudo, resultado de uma mudança de postura.

Outra coisa importante a saber sobre o crescimento profissional é que ele não acontece da noite para o dia, requer planejamento e dedicação. Por isso, quanto antes começar, melhor. As sementes dos bons frutos colhidos no futuro são plantadas ainda durante a graduação, ou até mesmo antes dela. 

Quer saber como fazer da sua carreira profissional um verdadeiro caso de sucesso? Então continue lendo esse post para descobrir as 6 ações e dicas para chegar lá! 

1. Invista na sua educação

O mercado de trabalho valoriza e muito o investimento feito em educação e conhecimento. De acordo com o estudo Education at a Glance, conduzido pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o salário de um profissional que tenha concluído o Ensino Superior é mais do que o dobro daquele obtido por quem tem até o Ensino Médio.

Vale a pena focar na graduação e, quem sabe, pensar em especializações ou no mestrado. É importante fazer cursos de curta duração e atualização que tenham a ver com a sua área de atuação. Continuar estudando é uma aposta certeira para chegar ainda mais longe e até mesmo conseguir o aumento salarial desejado.

2. Acredite no poder do networking

A palavra networking pode soar até estranha para quem acabou de entrar na faculdade. Parece coisa de grandes empresários e empreendedores. E é, de fato. Muitos deles só chegaram onde estão por conta das conexões, além da postura profissional e boas ideias de negócio.

Mas essa rede de contatos pode ser construída desde muito cedo e em todos os lugares. Na sala de aula com os colegas de curso, estabelecendo uma boa relação com os professores, no estágio, em atividades e encontros acadêmicos. Qualquer momento é uma boa oportunidade para fazer contatos.

Esses laços podem ser estabelecidos até mesmo através da internet. O LinkedIn, por exemplo, é uma excelente rede social para criar conexões com um viés mais profissional.

3. Saia da sua zona de conforto

Essa parece uma frase ótima para ser impressa em camisetas, mas é uma grande verdade. É impossível crescer profissionalmente se mantendo confortável em alguma situação ou posição.

Aceite desafios, não tenha receio de assumir responsabilidades e explorar novas possibilidades. Se você sempre teve um certo pânico de falar em público, trabalhe nessa questão e tente superá-la. 

Esse foi apenas um exemplo do que pode significar sair da zona de conforto. O percurso é uma verdadeira rota de autoconhecimento e, nesta fase, você pode inclusive descobrir que adora fazer algo com o qual acreditava não ter a menor afinidade. Talvez seja a deixa para apostar em uma nova profissão.

4. Desenvolva o seu plano e trace objetivos

Um dos grandes problemas enfrentados por quem faz um curso superior é a falta de objetivos. Muitos estudantes são “levados pela corrente” e seguem de período em período sem saber exatamente onde querem chegar ou o que querem fazer.

Só no fim do curso, com o diploma em mãos, é que começam a pensar no assunto e a tentar desenvolver-se profissionalmente. 

Assim como nunca é cedo para começar a fazer networking, também nunca é cedo para planejar o seu futuro. A intenção não é que as metas e objetivos sejam fixos e inflexíveis, mas sim que orientem as escolhas feitas durante o percurso.

De tempos em tempos, revise o seu plano e veja se ele ainda faz sentido. Verifique as etapas, aquilo que já foi alcançado e, se necessário, altere e redirecione a sua energia. O mais importante é focar no que realmente faz sentido.

5. Tenha um excelente marketing pessoal

Marketing não serve apenas para empresas. Na verdade, a vertente mais poderosa e transformadora é o marketing pessoal, ou seja, como cada um se anuncia para o mundo.

Você deve aprender a ressaltar os seus valores e características positivas, aquilo que faça todo mundo desejar ser o seu colega de trabalho. Esse marketing vai desde a sua imagem, a forma como se veste, fala, até o tipo de opinião que expressa em relação a determinados temas.

As redes sociais passaram a ter um papel importante nesse ponto. Cada perfil funciona como uma espécie de vitrine e projeta a faceta que se destaca por lá. Não adianta ter um comportamento exemplar offline e agir online de uma forma completamente irresponsável. A coerência é fundamental.

6. Faça da proatividade o seu lema

Seja qual for o seu objetivo, ele não vai cair no seu colo. Corra atrás das oportunidades de estágio, da vaga de emprego que você quer, daquele intercâmbio desejado e do curso que vai trazer o conhecimento que você precisa.

No ambiente acadêmico, aprofunde-se nos temas e vá além do que foi proposto. No ambiente corporativo, sugira, analise e dê ideias. Mesmo que algo não tenha sido solicitado ou não faça parte da sua função, esse interesse é avaliado e valorizado pelos tomadores de decisão da empresa.

Cada um tem o seu próprio tempo de desenvolvimento profissional, mas as estratégias têm todas a mesma base: foco, determinação, autoconhecimento e uma boa dose de coragem. Para conseguir aquele cargo dos sonhos ou abrir a sua própria empresa, acredite, planeje, teste e concretize. O mais importante é começar hoje. De onde você estiver, como você puder, mas comece.

Tem interesse em saber quais as profissões que estão em alta e fazer a escolha certa para o seu futuro profissional? Baixe o Guia do Estudante e veja as áreas que prometem uma carreira de sucesso.

Depois de contar um pouco sobre o que aprendi e o que penso do alcoolismo , quero compartilhar com vocês como cheguei até aqui.

Só que para compartilhar essa experiência e o por que tenho tantos sonhos e ambições, preciso voltar ao passado. Resgatar a minha história e como a perseverança e os estudos mudaram a minha vida.

Não pense que é fácil essa exposição pessoal, mas a minha convicção de que isso realmente me ajudou, e pode ajudar outras pessoas também é tão grande, que resolvi deixar de lado a vergonha ou o medo de contar que por conta da dependência do álcool que o meu pai sofreu, a situação em casa não era nada fácil.

Minha mãe teve depressão e demorou um pouco para se reerguer. O meu irmão, por ser dois anos mais novo que eu, não podia ajudar e apesar de eu ainda ser criança, me preocupava sempre com tudo.

Morávamos numa casa muito simples, que uma parente da minha mãe cedeu a nós.Eu estudava, mas sempre pensava em trabalhar para ajudar minha mãe e assim que ela melhorou da depressão, conseguiu um emprego de doméstica e conseguimos mudar para uma casa um pouco melhor.

O que veio depois é o início da minha história ajudando a minha família e buscando uma vida pessoal e profissional melhor por meio de uma ferramenta valiosa: os estudos.

Um recomeço: com a costura consegui começar a ajudar a minha família

Quando completei 14 anos, fui trabalhar numa oficina de costura e fiquei muito feliz, pois iria mergulhar no que naquela época se chamava de “aprender uma profissão”. Não tinha ideia do que viveria ali, mas sempre gostei de aprender e fiquei muito empolgada.

Entrei como ajudante geral, que na época chamava-se de arrematadeira. Quando se trabalha de costureira numa fábrica e por produção, a costureira faz a roupa, mas deixa muitas linhas na peça, pois não pode perder tempo. A arrematadeira tem a função de limpar essa peça, ou seja, tirar todas as linhas que sobram e deixar a peça pronta para a entrega.

O dono da oficina tinha bastante conhecimento em costura e modelagem e me ensinou muito. Aos poucos, me colocou para colar entretela em cós das calças e saias, me ensinou a mexer na máquina de costura doméstica e comecei a costurar as etiquetas nas roupas. Me sentia importante e pensando nisso hoje me dá uma sensação boa e ao mesmo tempo dou risada porque parecia uma criança ganhando um brinquedo novo.

Com o dinheiro que ganhava lá, ajudava minha mãe a pagar o aluguel e também podia comprar meu material escolar e alguma roupa e sapato para mim. E isso me deixava muito feliz, amava comprar os meus cadernos, livros e canetas sem pedir a ninguém. A sensação era de orgulho por ter o meu próprio dinheiro, me sentia adulta e responsável, confesso que é muito bom lembrar de tudo isso.

Continuar estudando foi, sem dúvida, a melhor decisão da minha vida

 Gostava muito de estudar - sempre gostei - e, na minha cabeça, tinha a certeza de que só conseguiria um bom emprego e melhoraria a minha vida se eu estudasse. Pois bem, mudamos da zona Leste para a zona Oeste, e com isso, larguei meu emprego com a costura, pois não daria pra chegar na escola a tempo.

Logo arrumei outro emprego na Lapa. Ao sair do trabalho, ia direto para a escola. Pra mim, não existia a hipótese de parar de estudar. Eu só não me dei conta de que eu poderia estudar algo que fosse relacionado com a moda e a costura. Na verdade, tinha o sonho de trabalhar em escritório. Era como se a costura não pudesse me levar ao êxito. Que bobagem!

Hoje, penso bem diferente, mas não me arrependo não, entre um emprego e outro eu aprendi muito e evoluí muito também. Sou muito grata a todas as empresas por onde passei. 

A vida adulta: como cresci profissionalmente, me tornei mulher e mãe

Aos 18 anos, consegui um emprego no primeiro distribuidor de tecnologia da minha vida, área que estou até hoje. Ali eu fiquei por 10 anos, casei, tive minha filha e também o contato novamente com um dependente do álcool (meu marido).

Aprendi muito naquela empresa, mas também sofri, pois revivi toda aquela experiência de ter um familiar dependente do álcool. Mesmo assim, sempre pensei: “Não posso parar de trabalhar.” Por insegurança no meu casamento, optei por não ter mais filhos e disso não me arrependo nem por um segundo.

A experiência que eu quero deixar aqui é que estudar, ler e querer aprender sempre, me trouxeram muitas coisas boas. Conseguia me manter e até ter uma vida confortável. Trabalhar em uma empresa de tecnologia só me trouxe benefícios, pois além de passar por várias áreas (aprendendo), a tecnologia também ajudou na minha evolução profissional e pessoal.

Seja curioso, pesquise e estude, não deixe de aproveitar as oportunidades

 Para quem está iniciando sua carreira ou mesmo pensando em uma transição, sugiro não subestimar nenhuma área, pois em todas elas há um grande valor, basta você saber aproveitar a oportunidade… estude e pesquise sobre o que você quer trabalhar, pergunte, peça explicação. As pessoas gostam de ajudar e ensinar quando percebem o interesse.

Me arrependo de ter desistido da costura naquela época, eu poderia ter ido para outro emprego e continuado o estudo em moda ou algo relacionado. Hoje, eu poderia saber muito mais, mas realmente eu acredito que nunca é tarde para aprender e início agora uma nova fase onde voltarei a estudar e resgatar essa paixão.

No início desse texto eu comentei que quando comecei a trabalhar na oficina de costura me senti importante, e mesmo depois de tantos anos sem costurar e trabalhando em outras áreas, a vontade de continuar com o que realmente gosto, sempre esteve presente dentro de mim.

Sinto uma satisfação imensa quando costuro, quando ajusto uma roupa e o resultado fica perfeito. A costura foi o início da minha carreira e sinto que ela também fechará esse meu ciclo e nada me deixa mais feliz.