Para onde os animais vão quando morrem catolicismo

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Hoje vou falar com você sobre um dos assuntos que mais geram perguntas nas minhas redes sociais: animais de estimação. Será que os nossos bichos vão para o céu depois que morrem? Afinal de contas, será que eles têm alma? Vamos encontrar com o nosso cachorro, gato ou qualquer outro animal na eternidade?  

Muitas pessoas têm um animalzinho de estimação que considera parte de suas famílias. E, quando ele morre, a dor da perda para elas pode ser considerada semelhante a dor da morte de um ente querido. E é durante esse período de luto que vêm a dúvida: será que um dia nos reencontraremos no céu? 

Uma coisa que precisa ficar bem clara é que todos os animais foram feitos por Deus para refletir a Sua glória. A Bíblia diz que, assim que criou os bichos, o Senhor os encheu de sopro da vida (Gênesis 1:21,22,30), os abençoou e ordenou que se multiplicassem pela Terra. Por isso, todos eles são queridos e recebem o cuidado do Criador.

Mas isso quer dizer que os animais têm alma e, quando morrem, também vão para o céu? A verdade é que não existe nenhuma passagem na Bíblia que nos dê uma resposta exata sobre essas dúvidas. Mas, podemos analisar alguns trechos da Palavra de Deus que podem nos ajudar a refletir sobre isso.

Em primeiro lugar, vamos pensar: “Será que os animais têm alma?”

Existe algo muito importante que você precisa saber: por mais que a alma e o espírito façam parte do nosso “eu interior”, eles não são a mesma coisa! Veja o que está escrito em Hebreus 4:12:

“A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração”.

A alma é a parte responsável pelas nossas emoções; ela nos faz raciocinar e desejar as coisas. Também estão ligados a ela a inteligência, as decisões e os sentimentos. E quem já observou animais sabe que eles têm sentimentos básicos, como medo, tristeza, raiva e alegria. É lógico que eles não têm capacidade para analisar, questionar e expressar esses sentimentos de forma racional, como os seres humanos, mas tudo isso existe neles.

Além disso, os animais também fazem escolhas, mostrando que têm vontade própria, ainda que limitada. Eles são criaturas irracionais, por isso, suas capacidades de pensamento são muito inferiores ao homem. Mas, mesmo assim, é claro que eles pensam. Um cachorro, por exemplo, precisa fazer um cálculo muito complicado para pegar uma bola no ar, mesmo não entendendo de matemática.

E você deve estar se perguntando: “Isso quer dizer que os animais têm alma?”. E a resposta é: provavelmente, SIM. Mas existe uma diferença muito grande entre o homem e os bichos. A resposta está em Gênesis 1:26-27. Veja o que está escrito:

“Disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão’.Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis 1:26,27)

Os animais não são feitos à imagem e semelhança de Deus. Isto significa que a alma deles não é como a nossa. Enquanto a deles é responsável apenas por seus sentimentos, a nossa alma está ligada ao espírito, que faz com que sintamos a necessidade de buscar a presença do Senhor para ter um relacionamento com Ele por toda a eternidade. E com os bichos isso não acontece. Por mais que eles tenham um tipo de alma, ela é diferente e inferior à nossa.

E agora que sabemos que os animais provavelmente têm alma, é importante chegarmos a outro ponto importante: “Será que haverá animais no céu?”

Em duas passagens diferentes da Bíblia, o profeta Isaías menciona que os animais estarão presentes no novo céu e na nova terra que serão criados por Deus. Veja o que está escrito:

“O lobo viverá com o cordeiro, o leopardo se deitará com o bode, o bezerro, o leão e o novilho gordo pastarão juntos; e uma criança os guiará. A vaca se alimentará com o urso, seus filhotes se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. A criancinha brincará perto do esconderijo da cobra, a criança colocará a mão no ninho da víbora. Ninguém fará nenhum mal, nem destruirá coisa alguma em todo o meu santo monte, pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor como as águas cobrem o mar.” (Isaías 11:6-9)

Tanto nesta passagem, quando em Isaías 65:25, ele não menciona os animais de estimação, mas, o fato de o profeta ter citado uma série de bichos nos faz acreditar que é totalmente possível vermos cães, gatos, pássaros e outras espécies na eternidade que o Senhor preparou para os Seus filhos.

Então, chegamos ao terceiro questionamento: “Será que os nossos animais de estimação vão para o céu?”

Jesus disse em João 14 que Ele é o caminho, a verdade e a vida e que ninguém vai ao Pai a não ser por Ele. Isso significa que só será salvo e irá para o céu aqueles que crerem em seu coração e confessarem com a sua boca que Cristo é Senhor de suas vidas (Romanos 10:9). Quem crer em Jesus não perecerá, mas terá a vida eterna (João 3:16).

Baseados nisso, vemos que o animais que vivem aqui na terra não têm condições de serem salvos e irem para o céu, pois não têm capacidade de reconhecer Jesus como seu Salvador e nem manter um relacionamento íntimo com Deus. Essa oportunidade foi dada apenas aos seres humanos. No Salmo 32, por exemplo, o rei Davi usa as figuras de um cavalo e um burro para ilustrar a falta de capacidade de entendimento para entender as coisas do Senhor.

Então, não fique triste se o seu animal de estimação não for para o céu depois que ele morrer. Prefira pensar que, no tempo em que ele esteve ao seu lado, ele te fez companhia e te proporcionou momentos felizes. E o mais importante: saiba que quando você for para a eternidade, você não sentirá a falta do seu bichinho, porque a Bíblia nos garante que lá não sentiremos tristeza ou saudades. A presença de Deus será suficiente! Veja esta promessa maravilhosa para nós que seguimos a Jesus:

“Ouvi uma forte voz que vinha do trono e dizia: ‘Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou’". (Apocalipse 21:3,4)

Publicado: Domingo, 27 de janeiro de 2019

Crédito: Internet

Para onde os animais vão quando morrem catolicismo
Seu pet não vai pro Céu, mas a lembrança dele ficará para sempre no seu coração.

Na quase infinitude de conteúdos das redes sociais, há a foto de uma mulher com seu gato de estimação. Na camiseta dela, consta a frase: “Nós nos livramos das crianças. O gato era alérgico”. A obviedade da ironia ninguém nega. Porém, em toda piada sempre existe um fundo de verdade e na referida frase manifesta-se uma das confusões que mais embaralham a mente das pessoas dos nossos tempos: a idolatria aos animais. Essa forma de paganismo moderno afeta até mesmo os católicos desavisados, que não são poucos.

Particularmente, creio que não há nada tão legal do que ter um animal de estimação. É algo que faz parte da vida do ser humano desde sempre. Pesquisas arqueológicas comprovam que, lá na pré-história, o homem aprendeu a domesticar animais, principalmente os lobos e os cães que passavam a ajudar na defesa do grupo e, depois, da propriedade, do rebanho, etc. Ter um animalzinho por perto ajuda até mesmo em relação a algumas patologias, notadamente a depressão. Acontece que o mundo anda de cabeça para baixo e a inversão de valores também vem afetando a relação dos seres humanos com os chamados pets.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC), que deveria ser mais conhecido pelos próprios católicos, toca no assunto em quatro breves e esclarecedores parágrafos (2415 a 2418). Em suma, reconhece que os animais podem e devem estar a serviço da humanidade, seja como alimento, cobaias para experimentos e outros fins. Mas ressalta que os animais, enquanto criaturas de Deus, também têm sua própria dignidade. A doutrina, porém, é clara no seguinte:

“É contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas. É igualmente indigno gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos seres humanos. Pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas” (parágrafo 2418).

Humanos que tratam seus pets como “filhos”, enchendo-os de mimos como roupinhas e festinhas de aniversário são, portanto, vítimas dessa confusão modernosa. Assim como casais que dispensam a concepção e a criação de filhos “porque dá muito trabalho”, mas “adotam” três ou quatro pets. Aquele seu conhecido que diz gostar mais dos animais do que dos seres humanos, também. E aquela sua colega que move céus e terras para cuidar de cãezinhos abandonados, mas não move um palito em favor de um ser humano enfermo ou de uma criança passando fome, idem. Essa é a idolatria: o ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus, é rebaixado de condição, sendo menos considerado que um cão, um gato, um rato, um golfinho, etc.

Outra confusão em relação aos bichinhos diz respeito ao seu destino após a morte. À pergunta “Meu pet vai pro céu quando morrer?” a resposta breve e real é: “NÃO”. Como dizem, a verdade dói. Muita gente arranca os cabelos e se desespera, qual personagem de novela mexicana, diante desse fato que, com um pouco de filosofia e outro tanto de teologia, pode e deve ser completamente entendido por qualquer pessoa de boa vontade.

São Tomás de Aquino aborda esse tema na Suma Teológica (Volume III, parte 2, Coleção BAC, I Q. 75 a 86). Ele afirma, basicamente, que os animais não possuem uma alma racional e que, sendo a alma a forma metafísica do ser humano, dizer que os animais têm “alma” é praticamente afirmar que não existem diferenças entre nós e os pets.

A alma humana é capaz de entender, querer e sentir. Portanto, possui a razão e o livre-arbítrio. Os animais, porém, têm uma “alma animal” que não é racional e nem imortal. Eles não têm livre-arbítrio, são dominados por seus instintos. E tampouco têm razão, agindo praticamente por reflexos. Embora tenham uma alma “sensível”, capaz de sentir dor, fome, frio ou prazer, somente isso não basta para igualar sua condição ontológica à dos seres humanos.

Por essas e outras, na mais pura e simples lógica, o destino de homens e animais é completamente diferente. Nós, que temos uma alma imortal, continuaremos existindo na eternidade (seja no céu, no purgatório ou no inferno). Um animal, não. Morreu aqui, acabou. E nisso também há muita gente dita “espiritualizada” dando cabeçada em contradições. Como aquele seu amigo que é ateu, mas fala de um “céu” para o cachorrinho falecido. Ou aquela sua amiga que não acredita em vida após a morte, mas concebe na imaginação um “paraíso” só para os felinos. Estranha e hipocritamente, essa mesma turma não manifesta a mesma preocupação por bichinhos menos fofos. Cadê a compaixão por baratinhas, lesminhas e escorpiõezinhos?

Alguns anos atrás, respondendo pergunta feita por uma criança de oito anos de idade, o Papa Francisco deu a entender que todas as criaturas têm lugar na eternidade. Como sempre, o Santo Padre foi mal interpretado. A mídia sensacionalista distorce, quando interessa, tudo quanto sai da boca do Papa. Longe de manifestar uma afirmação academicamente teológica, ficou claro que a intenção de Francisco foi consolar a criança, cujo cachorrinho havia morrido. Ou seja, foram palavras de consolo para uma mente infantil e nada mais. É triste, mas há muito adultos com mente e fé infantilizadas, com má vontade para diferenciar lé de cré.

Se você tem um animal de estimação, cuide muito bem dele e sem exageros. Não deixe de agradecer a Deus, o Criador de todas as coisas, pela grata oportunidade de ter em sua companhia um bichinho para animar o seu dia. Aproveite ao máximo as brincadeiras e os passeios com ele. E, quando ele morrer, é claro que pode e deve chorar de saudade, mas sem idolatrias. Não, o seu pet não vai pro Céu. Mas isso não significa que a lembrança dele não ficará para sempre no seu coração.

Amém.