O que é o amor me explica por favor

Tom: G

(intro) D G C Em C D G C Em C D G G Em C D C G Am Em C D Am Em C D Bm Em Am D Bm Em Am D E|-------------3------------------ B|-----3---------3---------1------ G|---2---2----------0--------0---- D|-0--------------------2--------- A|----------2---------3---------2- E|----------3-------------------0- E|--------------------------------3- B|--0-------------------3----------- G|----0-----------0-------2--------- D|--------(0)---2----0------0------- A|------------3----------------2---- E|-----------------------------3---- E|-----------------| B|3----------------| G|-----------0-----| D|---(0)---2-------| A|-------3-------2-| E|---------------0-| H E|----------------------------|--- B|--------------3-----------5-|--- G|---------0------2---------5-|--- D|-(0)---2----0-----0-------5-|-0- A|-----3---------------2------|-x- E|---------------------3------|-3- E|-3----------3---------------3----- B|---3----------3---------------1--- G|-----0----------0--------0------0- D|---------2--------2----2---------- A|---------------------3------------ E|---------------------------------- E|--------3-2-| B|------3-----| G|----2-------| D|--0---------| A|------------| E|------------| E|----------------------3--------- B|------------------------1------- G|--------------------------2----- D|----------------------------0--- A|-0-3~--0-------0--------------3- E|---------3~--0----0------------- E|-----3------------------3-2------ B|---1----------------------------- G|---------2-----------2----------- D|--------------0------0----------- A|------------3---3-------------2-- E|--------------------------------- E|---------------| B|3--------------| G|--4--4-4-4-4---| D|-----4-4-4-4-2-| A|-----2-2-2-2-2-| E|-------------0-| E|----------------------------0h2- B|-0-------------1---------------- G|----0---0---------2---2--------- D|------2-----2-------2-----0----- A|------------0------------------- E|-------------------------------- E|3-2------------------------------ B|------------3------------0------- G|----(0)-------4--------------0--- D|-------------------0-----------2- A|---------2-------2-----2--------- E|-----------------------0--------- E|----------------| B|-------1--------| G|0---------2---2-| D|-----2------2---| A|-----0----------| E|----------------| E|---0h2-3-2-| B|-------3-2-| G|-----------| D|-0---------| A|-----------| E|-----------| (guitarra - riff 1) (guitarra) E|-3-3-2-0-2-3-3-| E|-7-7-7- B|---------------|4x B|------- G|---------------| G|------- D|---------------| D|------- A|---------------| A|------- E|---------------| E|------- E|10-10-10-8-8-8-8p2s10-15--| B|--------------------------| G|--------------------------| D|--------------------------| A|--------------------------| E|--------------------------| D Am C G Quem inven..tou o amor? D Am C G Me explica por favor Em C Quem inventou o amor? D Me explica por favor Bm Em Am Vem me diz o que aconteceu D Faz de conta que passou

Bm Em Am Quem inventou o amor? D Me explica por favor D Am C G (riff 1) Daqui vejo seu descanso D Am C G (riff 1) Perto do seu travesseiro Em C (riff 1) Depois quero ver ser acerto D (riff 1) Dos dois quem acorda primeiro Bm Em Quem inventou o amor? Am D Me explica por favor Bm Em Quem inventou o amor? Am D Me explica por favor (solo) D4 D D9 D D4 E|-3-3-2-0-2-3-3-| B|---------------|(4x) G|---------------| D|---------------| A|---------------| E|---------------| Am Em C D Quem inventou o amor? Am Em C D Me explica por favor Am Em C D Quem inven..tou o amor? Am Em C D Me explica por favor Bm Em Enquanto a vida vai e vem Am D Você procura achar alguém D Am C G (riff 1) Que um dia possa lhe dizer D Am C G (riff 1) -Quero ficar só com você (guitarra - riff 1) (solo do violão) E|------------------------------ B|------------------------------ G|-------12-12-12-12------14-12- D|-12h14---------------14------- A|------------------------------ E|------------------------------ E|------------------------------------------| B|------------------------------13-12----12-| G|---12--------12-12-12-12---12-------14----| D|12-----12h14------------------------------| A|------------------------------------------| E|------------------------------------------| (D Am C G) Quem inventou o amor?

Composição: Dado Villa-Lobos / Renato RussoColaboração e revisão: Rogério VeigaPaulo RochaDanilo BriscesePeterson Reinan

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Já não é fácil lidar com suas próprias emoções e compreender tudo que se passa dentro dessa cabecinha, não é mesmo? Ainda mais quando se trata de entender o outro e se relacionar com ele. Outra pessoa, outro jeito, outras manias e nem sempre as mesmas vontades. Convergir tudo isso e morar debaixo do mesmo teto, talvez receba o nome de casamento e tem uma galera que prefere ficar sozinho mesmo, o que não é problema, afinal, quem disse que para ser feliz é preciso ter outra escova de dentes no potinho antes de dormir. Pior é quando a escolha de ser só, tem a ver com o fato de ter se decepcionado ou ter sido largado. Um belo “pé na bunda” as vezes é bom. Já tomei e já dei uns por aí e posso garantir que sem eles, não chegaria aos quarenta com essa liberdade toda que me esforço para trazer todos dias aos meus gestos, evitando assim o surgimento de umas doenças.

A única relação abusiva que eu suporto é a dos gatos em casa, que nestas noites frias insistem em ocupar muito espaço e durmo torto na cama. Me convenci que casais que permanecem juntos por muito tempo são aqueles que aprenderam a dialogar. E dialogar significa compartilhar com respeito e carinho tudo que pensa e sente. Agressividade é concorrência e casais não devem ser adversários. Aprendi que não importa quem teve razão. Que o que vale mesmo é empatia. O mundão está cheio de possibilidades, convidando aos prazeres em sua maioria banais e passageiros. A gente se dá conta de que o cheiro do café fresco é um baita aroma divino pela manhã.

Acessar o mundo do outro é ouvir com atenção e escutar de verdade o outro lado. Hoje em dia todo mundo quer falar. Ninguém quer ouvir. Parece que escutar o outro é meramente esperar a sua vez.  Facebook virou local de afirmação e é moda esparramar as frases tantas vezes sem responsabilidade. Quando ouvimos sem julgamentos, os cérebros se unem em uma atividade elétrica e se harmonizam. Juro que não é filosofia, é ciência!

Convido você leitor, a ser emocionalmente maduro e empático com quem estiver ao seu lado, sem preocupação em falar, mas principalmente sabendo o momento de guardar seu ego e deixar no outro a sensação de importância, para que ninguém faça isso por você. Depois não adianta chorar.

Luís Alberto de Moraes tem formação em Letras, leciona há quase vinte anos e prepara o lançamento de um livro de crônicas e poemas. @luis.alb

“Quem inventou o amor? Me explica, por favor”. Legião Urbana sabiamente cantou essa música sabendo que, explicar, quer dizer, entender o amor não é tarefa fácil nem nunca será. Costumo brincar que o amor não precisa ser explicado, apenas sentido. Mas quando esse sentimento invade nossas vidas e nos arrebata de forma a nos tirar do eixo, precisamos compreendê-lo para realinhar a nossa órbita.

Quando ouvi pela primeira vez o que Gibran escreveu sobre o amor, eu achei muito forte e intenso suas palavras. Mas a simbologia utilizada fora tão marcante para mim que até hoje não consigo encontrar outro conceito que o explique melhor: “quando o amor vos chamar, segui-o, embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados; e quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe, embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos; e quando ele vos falar, acreditai nele, embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos como o vento devasta o jardim. Pois, da mesma forma que o amor vos coroa, assim ele vos crucifica. E da mesma forma que contribui para vosso crescimento, trabalha para vossa poda… Todavia, se no vosso amor, procurardes somente a paz do amor e o gozo do amor, então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez e abandonásseis a eira do amor, para entrar num mundo sem estações, onde rireis, mas não todos os vossos risos, e chorareis, mas não todas as vossas lágrimas… O amor nada dá senão de si próprio e nada recebe senão de si próprio. O amor não possui, nem se deixa possuir. Pois o amor basta-se a si mesmo… E não imagineis que possais dirigir o curso do amor, pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso. O amor não tem outro desejo senão o de atingir a sua plenitude.” ¹

Eu gastaria horas discorrendo ou exemplificando frase por frase que Gibran escreveu, mas acredito que estão tão claras suas palavras que ficaria chato e repetitivo. Entretanto, tem uma parte que gostaria de dar uma ênfase: “E não imagineis que possais dirigir o curso do amor, pois o amor, se vos achar dignos, determinará ele próprio o vosso curso.” Sem dúvida, isso é o que mais assusta do amor em nós. Não nos assusta o sentimento em si, o que tememos é a falta de controle sobre o amor – sobre a pessoa amada. Aí moram todos os perigos que aceira a loucura e a sanidade, o desespero e a doença.

Quero citar aqui o texto que acredito ser o mais conhecido da bíblia, que fala do Amor. Carta de Paulo aos Coríntios [1 Coríntios 13] “… O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta…“.²

Apesar de abrir uma ferida de morte ao ler tais palavras, acredito em todas elas. Não quero classificar o amor segundo nenhuma linguagem ou conceitos metafísicos de Arthur Schopenhauer, tão pouco falo de amor de mãe, de filho, de amigo, de amante – Amor é amor e ponto. Sem vírgulas, sem reticências, sem eteceteras. Costumava brigar com um amigo dizendo que amor de mãe é o único amor incondicional, mas hoje acredito que todo amor é incondicional, pois quando as condições começam a interferir, receio que talvez não seja mais amor. Qualquer coisa diferente [ou contrário] do que disse Paulo e Gibran, acredito que esteja mais próximo do egoísmo. O ciúmes, a inveja, o sentimento de posse, nada têm a ver com o amor, são se não, a mais pura demonstração de narcisismo e síndrome do umbigo.

Contudo, acredito que o amor só possa realizar-se em sua plenitude em pessoas inteiras. Acho bonito o termo “cara metade”, mas só vale para metáfora mesmo. Na prática, nenhuma pessoa “pela metade” será capaz de amar o outro ou de fazê-lo feliz. A pessoa, antes de qualquer coisa, precisa estar inteira para conseguir amar. Entretanto, nada impede que ela possa ser amada e, que talvez, o amor possa curá-la e transformá-la em uma pessoa inteira [novamente]. Se encontrar alguém assim pelo caminho, não hesite: Dê amor!

Raul Seixas dizia que “ninguém neste mundo é feliz tendo amado uma vez”. Eu discordo totalmente. Infelizes são as pessoas que nunca amaram nesta vida. Prefiro muito mais a frase “amar é permitir que alguém possa te destruir e confiar que isso não vai acontecer”. Amor é prova de fé, de coragem, a melhor parte de Deus em nós.

E que depois de ter amado não sobre se não a vontade de seguir amando, “porque o amor não sabe aquietar, por isso não pode dormir. Talvez adormecerão os sentidos; mas o amor sempre vela, porque sempre lhe faz sentinela o coração… Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho… A razão natural de toda esta diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-lhe o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar e o ter amado muito, de amar menos”, Padre Antonio Vieira.³

Enfim, o amor não tem medidas, não há métricas no coração de quem o sente. Concordo com Engenheiros do Havaí “A medida de amar é amar sem medida, velocidade máxima permitida”. Então, avance os sinais, pisa fundo no acelerador, sinta a emoção de cruzar a linha de chegada, somente tome cuidado para não atropelar corações perdidos pelo caminho. Afinal, tudo que se sabe é que não se pode procrastinar o amor, então quando o amor chegar, viva-o – se entrega – se joga. E se alguém te falar “o amor te leva às alturas, mas não te oferece paraquedas”, você poderá dizer: Tudo bem, eu sempre quis aprender a voar!

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