Onde abundou o pecado superabundou a graça NVI

A lei foi introduzida para que a transgressão fosse ressaltada. Mas onde aumentou o pecado, transbordou a graça,

Onde abundou o pecado superabundou a graça NVI


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Lições da Bíblia.

Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, (Rom. 5:20)

Em Romanos 5:20, Paulo argumenta “[...] que não importa quanto pecado haja ou quão terríveis sejam seus resultados, a graça de Deus é suficiente para lidar com ele. Que esperança isso deve trazer a cada um de nós, especialmente quando somos tentados a sentir que nossos pecados são muito grandes para ser perdoados! No verso seguinte, Paulo mostra que, embora o pecado leve à morte, a graça de Deus em Jesus derrotou a morte e nos dá a vida eterna.” “a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rom. 5:21).

“Paulo segue uma interessante linha de raciocínio no capítulo 6, dizendo por que uma pessoa justificada não deve pecar. Para começar, ele diz que não devemos pecar porque morremos para o pecado. Então, ele explica o que significa isso.”

“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.” (Rom 6:1-11).

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – Domingo, 08 de agosto de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;

Almeida Revisada Imprensa Bíblica

“Onde abundou o pecado superabundou a graça” é uma frase escrita pelo apóstolo Paulo para ressaltar a eficácia da graça de Deus no perdão de nossos pecados. O apóstolo escreveu essa frase em sua Epístola aos Romanos, capítulo 5 e versículo 20.

O contexto da frase “onde abundou o pecado superabundou a graça”

Essa frase está dentro de um contexto da Carta de Paulo aos Romanos onde o apóstolo estava tratando sobre a justificação pela fé (Rm 1:16-11:36). Ele começou mostrando a necessidade e a realidade da justificação (Rm 1:16-3:31), bem como sua fundamentação nas Escrituras, utilizando, inclusive, o exemplo de Abraão (Rm 4).

Entre os capítulos 5 e 8, o apóstolo fez uma exposição acerca da eficácia da justificação, bem como dos frutos que necessariamente resultam dela. Especialmente no capítulo 5, Paulo enfatizou a bênção da paz proveniente da justificação ao dizer que “havendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1-11).

Nos versículos seguintes, o apóstolo fez um paralelo entre Adão e Cristo, mostrando assim a abundância e a certeza da salvação confirmada através da obra de Cristo (Rm 5:12-21). É importante saber que todo esse capítulo é envolto no conceito de que a salvação é exclusivamente por meio de Cristo.

Onde abundou o pecado

Para entendermos o que significa a expressão “onde abundou o pecado” precisamos considerar o que Paulo escreveu antes de tê-la mencionado. De forma bastante resumida, podemos destacar os seguintes pontos:

  1. Através de Adão, o pecado, e, consequentemente, a morte, entraram no mundo (Rm 5:12);
  2. A morte permeia toda a humanidade, pois todos pecaram (Rm 5:12);
  3. Antes da Lei ter sido dada no Sinai a humanidade já vivia na prática do pecado, e a morte reinou sobre ela (Rm 5:13,14);
  4. A condenação pela transgressão procedida de Adão foi mais do que substituída pela justificação provida pela obra de Cristo para aqueles que, pela graça soberana de Deus, depositam n’Ele sua confiança e encontram seu Salvador (Rm 5:15-17);
  5. Uma só ofensa resultou em condenação para todos, assim como um só ato de justiça resultou em justificação que traz vida (Rm 5:19,18).

Com base nesses pontos principais, o apóstolo então declarou que “a Lei foi introduzida para que a transgressão abundasse” (Rm 5:20). É importante entender que o apóstolo não estava dizendo que a Lei é a causadora do pecado, no sentido de que ela faz com que haja mais pecado, ao contrário, ao dizer a expressão “para que a transgressão abundasse”, Paulo estava ensinando que a Lei veio para realçar o pecado, isto é, deixá-lo mais nítido, como se fosse uma lente de aumento que realça imperfeições que já existem, mas que, sem ela, não seria possível perceber.

É exatamente esse pensamento que explica a expressão “onde abundou o pecado”. Com base na Lei de Deus, o conhecimento acerca do pecado é enfatizado, mostrando ao homem toda sua pecaminosidade e seu estado miserável, pois são tão abundantes os seus pecados que é impossível que ele consiga vencê-los por seus próprios esforços.

Superabundou a graça

Ao entender o significado da expressão “onde abundou o pecado”, facilmente é possível entender que a expressão “superabundou a graça” significa a conclusão evidente do apóstolo de que onde o pecado aumenta a graça aumenta ainda mais.

Em outras palavras, quanto mais o homem percebe a nitidez de seu pecado à luz da Lei de Deus, mais ainda ele fica admirado e agradecido pela manifestação da graça de Deus em Jesus Cristo, que não apenas anula o pecado, mas o supera.

Isso fica claro em outra passagem onde o mesmo apóstolo escreve dizendo que “a letra mata, mas o Espírito vivifica“ (2Co 3:6), ou seja, a Lei realça o pecado e exige um padrão de vida que agrada a Deus, porém ela não fornece a força necessária para que o homem consiga cumprir suas exigências, enquanto que a graça é plenamente eficaz em capacitar o homem a viver para Deus.

“Onde abundou o pecado superabundou a graça” significa uma permissão para pecar?

Algumas pessoas distorcem completamente essa frase tentando encontrar nela uma justificativa para suas condutas pecaminosas. Todavia, essa frase de forma alguma possui esse significado.

O próprio apóstolo Paulo repreendeu esse tipo de interpretação errada acerca do conceito de que onde abundou o pecado superabundou a graça, escrevendo o seguinte: “Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente?” (Rm 6:1). A resposta do apóstolo é direta e bastante explicativa: “De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” (Rm 6:2).

Com isso, o apóstolo estava dizendo que a frase “onde abundou o pecado superabundou a graça” não está se referindo a um tipo de licença para pecar, ao contrário, está falando acerca da vitória sobre o pecado para aqueles que, pela graça de Deus, estão unidos a Cristo pela fé e vivem uma vida que agrada a Deus.

Quem usa a frase “onde abundou o pecado superabundou a graça” como desculpa para uma vida de iniquidade, tal pessoa está simplesmente tentando se auto-justificar, e na realidade desconhece a graça de Deus, pois o resultado prático da “superabundância da graça” é a libertação do pecado que naturalmente e, necessariamente, leva à santidade, “e o seu fim é a vida eterna” (Rm 6:22).

Certamente a melhor explicação sobre o verdadeiro significado da frase “onde abundou o pecado superabundou a graça” para aqueles que a entendem equivocadamente, é o que o apóstolo Paulo escreveu no capítulo 6 da mesma Carta aos Romanos, ao dizer: “Vocês foram libertos do pecado e tornaram-se escravos da justiça” (Rm 6:18).

Concluindo, saber que onde abundou o pecado superabundou a graça serve de conforto para nós, pois significa que a depravação humana é terrível e imensa, porém a graça de Deus é infinitamente maior e mais poderosa, a ponto de não apenas perdoar e anular o pecado daqueles que são vestidos de justiça pelos méritos de Cristo, mas de superá-lo de forma transbordante trazendo vida eterna (Rm 5:21).

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