O que mais impressionou no passeio foi a miséria geral

O que mais impressionou no passeio foi a miséria geral

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[...] O que mais a [Olga] impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapê sinistro e aquele sopapo que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas casas não havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil, trabalho de horas? E não havia gado, nem grande nem pequeno. Era raro uma cabra, um carneiro,. Por quê? [...] Não podia ser preguiça só ou indolência. [...] 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.

I. O trecho ressalta a surpresa de Olga em relação à condição de pobreza dos trabalhadores rurais e ao estado de abandono das terras. 

II. Olga atribui à indolência e à falta de energia dos moradores do campo o desolamento da paisagem. 

III. Apresenta-se no texto o contraste entre a visão idealizada dos habitantes da cidade e a dura realidade do campo. 

Está correto o que se afirma: 

a) somente em I. 

b) somente em II.. 

c) somente em III. 

d) somente em I e II. 

e) somente em I e III. 

2. Identifique a alternativa incorreta, em relação ao texto abaixo.

Desde dezoito anos que o tal patriotismo o absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma! [...] 

A Pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete. [...] 

a) O trecho foi transcrito da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. 

b) No final da narrativa, o personagem faz um balanço dos seus esforços e percebe que se perdeu em questões inúteis. 

c) O personagem, ao rever suas tentativas passadas, refaz o conceito que tinha de pátria. 

d) Embora, no final da narrativa, o personagem questione o conceito de pátria, o sentimento patriótico exagerado não altera a visão que o major tinha da sociedade brasileira. 

e) O trecho revela um momento de profunda desilusão com a pátria e extrema lucidez do personagem em relação à sociedade brasileira. 

3. (UFRRJ) Leia o fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma. 

Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e absorvente. [...] o que o patriotismo o fez pensar, foi num conhecimento inteiro de Brasil. [...] Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: Quaresma era antes de tudo brasileiro. 

Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma. 

São Paulo: Scipione, 1997. 

Este fragmento de Triste fim de Policarpo Quaresma ilustra uma das características mais marcantes do Pré-Modernismo que é o: 

a) desejo de compreender a complexa realidade nacional. 

b) nacionalismo ufanista e exagerado, herdado do Romantismo. 

c) resgate de padrões estéticos e metafísicos do Simbolismo. 

d) nacionalismo utópico e exagerado, herdado do Parnasianismo. 

e) subjetivismo poético, tão bem representado pelo protagonista. 


4. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. 

I. Na primeira parte, o autor apresenta um funcionário público exemplar, um patriota e um nacionalista obcecado. 

II. Na segunda parte, Policarpo está no campo, dedicando-se à lavoura nas terras férteis do país, mas as saúvas põem fim ao seu projeto. 

III. Na terceira parte, em que prevalece a sátira política, Policarpo rebela-se contra a República e o militarismo, acabando preso e condenado à morte. 

Quais estão corretas? 

a) Apenas I. 

b) Apenas II. 

c) Apenas I e III. 

d) Apenas II e III. 

e) I,II e III. 

5. (UFAM) 

O romance em que Lima Barreto narra as desventuras de um nacionalista exaltado, patriota fanático, que deseja o tupi como língua oficial e luta pela recuperação de nosso folclore, se intitula: 

a) Ideias de Jeca Tatu. 

b) Cidades mortas. 

c) Recordações do escrivão Isaías Caminha. 

d) Triste fim de Policarpo Quaresma. 

e) Ressurreição. 



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     Atividade de português, indica para os estudantes do 9º ano, propõe o estudo das grafias dos porquês, por meio de fragmento do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, escrito por Lima Barreto.

    Esta atividade de língua portuguesa está disponível para download em modelo editável do Word, pronta para impressão em PDF e também a atividade respondida.

    Baixe esta atividade em:

ESCOLA:                                                          DATA:

PROF:                                                              TURMA:

NOME:   

Leia este fragmento do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto:

    O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapê sinistro e aquele “sopapo” que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil, trabalho de horas? E não havia gado, nem grande nem pequeno. Era raro uma cabra, um carneiro. Por quê? Mesmo nas fazendas, o espetáculo não era mais animador. […]

   Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Brasiliense, 1978.

 

Questões

Questão 1 – Explique a grafia do “porquê” nos seguintes trechos:

a) “Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas?”

b) “Era raro uma cabra, um carneiro. Por quê?”

Questão 2 – Em “Era sempre aquele sapê sinistro e aquele “sopapo” que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente.”, o termo destacado indica uma:

a) comparação

b) exemplificação

c) conformidade

d) conclusão

Questão 3 – “Por que ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, um pomar?”. Explique o emprego do verbo “haver” no singular nessa passagem:

Questão 4 – No segmento “E não havia gado, nem grande nem pequeno.”, os elementos sublinhados expressam:

a) oposição

b) condição

c) adição

d) consequência

Por Denyse Lage Fonseca – Graduada em Letras e especialista em educação a distância.

As respostas estão no link acima do cabeçalho.

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