Como nos comparamos com os outros

Como nos comparamos com os outros

À medida que os elementos são desencadeados e a natureza tenta nos alertar que o apocalipse está se aproximando, as consciências estão despertando para a importância de uma vida cotidiana mais ecológica

SÃO PAULO – A comparação é uma forma de nos avaliarmos, explica a psicóloga e psicoterapeuta Clarice Barbosa. Assim, no dia a dia, comparamos nosso emprego com o de conhecidos, os resultados que obtivemos na empresa com os dos colegas, e até mesmo salários. “Estamos condicionados a fazer comparações o tempo todo e nem percebemos. Na família, no trabalho, na profissão, na sociedade”.

A psicóloga afirma que, desde cedo, pais e professores estimulam a comparação, na esperança de motivar as crianças. “Eles separam os bons dos ruins, os melhores do restante. Há escolas que até mesmo distribuem os alunos nas salas, segundo suas notas”, adverte.

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O problema é quando a comparação se torna excessiva. Os resultados são a queda da autoestima, a perda da identidade, o aumento do grau de ansiedade e de insatisfação com relação à vida. Explica-se: a comparação excessiva com os demais leva a pessoa a perder o foco, no lugar de voltar a si própria e trabalhar seu potencial. Chega uma hora que ela passa a questionar quem verdadeiramente é e quais são seus pontos fortes.

“Não é raro os profissionais desejarem ser tão competentes quanto determinado colega ou conhecido. No final, por não conseguirem chegar ao patamar almejado, eles entram numa onda de negatividade e se anulam. A tendência é achar que não é bom o bastante, inteligente o bastante, carismático o bastante…”.

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Na nossa sociedade, ou se perde ou se ganha; ou uma pessoa é boa ou ela é ruim. Não existe um meio termo. No mundo corporativo, esse raciocínio fica ainda mais evidente. Iniciativas como o estabelecimento de metas ou mesmo o “funcionário do mês” denotam o quanto é necessário ser o melhor nos dias de hoje.

Pode não ser difícil se destacar e ser o melhor em um dado momento. A questão é: como manter isso? Que tipo de sacrifício o profissional que almeja ser o melhor sempre acaba fazendo? Outro problema é que, se ele é bom sempre, na primeira vez que se equivocar, se sentirá um completo fracasso, garante Clarice. E o pior: os outros poderão vê-lo dessa maneira, porque se acostumaram com seus acertos contínuos e o erro se torna algo bastante notável.

“Essa necessidade de, invariavelmente, ser o melhor está muito ligada à infância do indivíduo”, diz a psicóloga. “Se, quando criança, ele foi estimulado a ser o melhor, o mais inteligente, e se os pais e os professores o desvalorizavam quando não era o melhor, então por toda a vida esse profissional tentará se destacar. E é de se esperar que tenha mais dificuldade de lidar com o fracasso”.

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Clarice alerta para o outro lado da história: o da comparação positiva. Há quem olhe para o outro e se motive, sabendo lidar com os erros e os fracassos. Ele não fica o tempo todo tentando ser quem não é. Portanto, não se sente inadequado ou inferior aos outros. E mais: quem se utiliza da comparação sabe de seus pontos fortes e volta para si mesmo.

Dia desses andando de Metrô, fiquei observando admirada aquela enorme quantidade de gente entre os sobes e desces das escadas rolantes, era muita diversidade. Pensei que apesar de termos similaridades como seres humanos, nós somos todos muito diferentes, seja em personalidade, características físicas, comportamentais, culturais, são muitas as variáveis que nos tornam seres incrivelmente únicos e especiais.

Mas será que em nosso dia-a-dia cultivamos e valorizamos essas nossas particularidades? Será que temos a coragem de assumir quem somos em meio à multidão?

Ser a gente mesmo, numa sociedade que nos motiva a acreditar que não temos e não somos o suficiente, tentando nos vender o tempo inteiro receitas e padrões de perfeição e felicidade, me parece um desafio e tanto.

A correria do dia-a-dia e nossa rotina repleta de afazeres e compromissos também pode nos levar ao esquecimento de quem somos e do que é importante para nós.

Condicionados a procurar a felicidade fora, nossa referência do que é importante pode passar a ser a vida dos outros e caímos na grande armadilha de nos compararmos em busca de definição do que é certo ou errado.

Curiosa por compreender um pouco mais sobre esse comportamento tão humano fui buscar por teorias que explicassem porque nos comparamos uns aos outros.

Uma das primeiras explicações que encontrei foi desenvolvida pelo psicólogo americano Leon Festinger (1919-1989), chamada Teoria da Comparação Social.

Festinger propõe que em todas as pessoas existe uma tendência para avaliar suas próprias opiniões e aptidões pessoais, porém por se tratar de algo subjetivo, pois não existe uma métrica ou um meio objetivo e prático de se fazer essa avaliação, acabamos por usar a opinião e aptidão dos outros como forma de comparação.

Esse tipo de comportamento se fundamenta na obediência a hábitos e padrões de comportamentos impostos pela sociedade que nos leva a pensar: “Se eu me adequar, for correto e fizer tudo perfeitamente serei aceito, reconhecido e amado”.

Essa tendência em nos compararmos cria em nós uma ilusão de que somos superiores ou inferiores e as mídias sociais também potencializam esse tipo de pensamento nos levando a crer que um mundo ideal é possível.

O Prof. Pedro Calabrez, Ph.D em Psiquiatria e Psicologia Médica pelo Laboratório de Neurociências Clínicas da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, explica: “essa tendência que nós seres humanos temos de nos comparar a outras pessoas é algo milenar e tem raízes biológicas. O ser humano é a espécie mais social da natureza e não é à toa que a maioria de nossos pensamentos seja sobre outras pessoas. Nosso cérebro é biologicamente social, o que significa que nós somos programados para viver em grupo e pensar sobre os outros”.

“Diferente dos outros filhotes o bebê humano nasce extremamente frágil e depende dos outros por mais tempo para garantir sua sobrevivência. Sua necessidade básica quando nasce é de que exista alguém que cuide dele. Isso significa que dependemos de outros seres humanos para sobreviver e não é à toa que a principal variável para a felicidade humana seja a qualidade das nossas relações. Isso é uma prova cabal de que temos um cérebro social”.

Portanto, pensar sobre os outros não é algo que surgiu com a modernidade, mas dor e sofrimento podem surgir quando esses pensamentos sobre outros são para nos compararmos a eles.

Talvez inconscientemente esse tipo de pensamento nos leve a acreditar que “se eu for o que outro quer que eu seja” ou “se eu for como a maioria das pessoas” isso satisfará minhas necessidades de pertencimento, inclusão, reconhecimento e amor, sendo que pra isso acontecer preciso me “encaixar” no que é comum e aceito pela maioria ou pelo grupo que quero pertencer.

Isso está tão profundamente interiorizado em nossas crenças, que reproduzimos esse tipo de pensamento o tempo inteiro, seja com a gente mesmo, ao nos culparmos por não sermos o que deveríamos ser, ou culpando os outros por não serem como gostaríamos que fossem.

Para sairmos desse impasse, a não-violência nos oferece uma alternativa, deixarmos de consultar instâncias exteriores para saber o que é certo ou errado e entrarmos em contato com a nossa vulnerabilidade, desistindo de sermos perfeitos e começando o trabalho de sermos nós mesmos, nos responsabilizando pelo que precisamos e queremos.

Vamos entender que só é possível comparar coisas padronizáveis e seres humanos não são coisas. Os outros poderão nos servir como inspiração e admiração, nunca como comparação.

Portanto o perfeccionismo é focado nos outros, já a autenticidade é focada em nós mesmos. O perfeccionismo tem a ver com a nossa percepção e com as histórias idealizadas que nos contamos. A comparação é uma forma de julgamento que só revela a aparência e nunca a realidade e a complexidade que é a vida de cada um.

A nossa medida de comparação deixará de ser o outro quando usarmos nossos próprios sentimentos e necessidades como referência. Então nosso foco de atenção e energia passa a estar sobre o que está sob nosso controle, ou seja, nós mesmos. Desse modo passamos a exercitar a autonomia e a responsabilidade por nossas escolhas.​

Quando consigo me aceitar do jeito que sou, me tratando com mais respeito e gentileza, reconhecendo meus talentos, limitações e toda minha complexidade, exercito a autocompaixão. Assim a vida ganha mais leveza e passo a encarar cada passo como uma oportunidade de me experimentar em algo novo e aprender com isso.

Por Cristiane de Paula

No mundo atual, nossa obsessão com a perfeição faz com que seja muito difícil não nos compararmos com os demais. Quando começamos a analisar nossas conquistas e realizações, podemos exigir ainda mais de nós mesmos. Comparar-se com as outras pessoas e até mesmo invejá-las é natural, mas se você está obcecado com os próprios defeitos em vez de focar nas áreas em que se destaca, está se concentrando na coisa errada. Essas comparações poderão prejudicá-lo e até mesmo impedi-lo de tomar as rédeas em vários aspectos da vida. A comparação constante com os outros diminui a autoestima e faz com que uma pessoa se sinta mal consigo mesma. Resista à tentação de se comparar com os demais, adquirindo consciência da forma como você se vê. Defina metas pessoais para desenvolver a autoconfiança e reaprenda comportamentos que melhorarão sua opinião sobre si mesmo.

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    Fique atento à forma como você se vê. O primeiro passo do processo de transformação da forma como nos enxergamos é adquirir consciência dos pensamentos que temos sobre nós mesmos. Sem fazer isso, talvez você não se dê conta da existência de um problema subjacente. Quando decidir realizar a difícil tarefa que é romper com seus padrões de pensamento, será bom ter alguém ao seu lado para apoiá-lo durante o processo. No entanto, quando você adquirir plena consciência do comportamento que deseja mudar, será mais fácil dividir essa tarefa em metas atingíveis.

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    Avalie sua autoestima. A autoestima pode ser descrita como as opiniões positivas ou negativas que alguém tem sobre si mesmo. Todos temos dias bons e ruins, e a forma como pensamos sobre nós mesmos muda diariamente, várias vezes por dia, para refletir as circunstâncias. A autoestima também pode ser compreendida como um traço de personalidade estável que se desenvolve ao longo da vida.[1] X Fonte de pesquisa Vogel, E., Rose, J., Roberts, L., & Eckles, K. (2014). Social comparison, social media, and self-esteem. Psychology of Popular Media Culture, 3(4), 206-222. Ir à fonte

    • Você tem uma ótima opinião sobre si mesmo? Ou permite que outros controlem a forma como se sente consigo mesmo? Caso se pegue olhando para os outros para descobrir seu nível de autoestima, esse é um sinal de que você precisa trabalhar na própria felicidade.

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    Identifique os comportamentos comparativos. Esses comportamentos ocorrem quando nos comparamos com outras pessoas, quer elas estejam em posições superiores ou inferiores às nossas. Normalmente, comparamos as características positivas ou negativas dessas pessoas com nossas próprias características. De vez em quando, as comparações sociais podem ser benéficas, mas os comportamentos comparativos negativos podem prejudicar nossa autoestima.[2] X Fonte de pesquisa Vogel, E., Rose, J., Roberts, L., & Eckles, K. (2014). Social comparison, social media, and self-esteem. Psychology of Popular Media Culture, 3(4), 206-222. Ir à fonte

    • Um exemplo de comportamento positivo é se comparar com alguém cujas qualidades você admire. Em vez de invejar as boas qualidades dessa pessoa (ela sente compaixão pelos outros, por exemplo), você pode se esforçar para tornar-se alguém mais solidário.
    • Um exemplo de comportamento negativo é se comparar com alguém que tenha alguma coisa que você queira ter. Por exemplo, talvez você esteja com inveja do carro novo dessa pessoa.

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    Coloque os pensamentos ou sentimentos comparativos no papel. Anote todas as suas atitudes que resultem diretamente da comparação com os demais. Se possível, faça isso imediatamente após ter o pensamento ou recordá-lo. Assim, ele ainda estará fresco na sua mente e é mais provável que você consiga ser descritivo.

    • Pense em como você se sente em relação à comparação e anote todos os pensamentos e sentimentos que vierem à mente. Por exemplo, talvez você se sinta deprimido porque está com inveja do carro novo de alguém e ainda dirija o mesmo carro velho de sempre.[3] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

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    Tente descobrir quando o comportamento comparativo teve início. Tente escrever sobre uma época em sua vida em que não se lembra de se comparar com os outros, e comece o diário a partir desse ponto. Eventualmente, você poderá se lembrar da origem desses pensamentos de comparação.

    • Por exemplo, talvez você se lembre da infância, quando ainda não se comparava com seu irmão, e se dê conta de que começou a se comparar com ele porque se sentiu negligenciado. Agora, você poderá começar a explorar a causa do comportamento comparativo.
    • Um dos aspectos mais difíceis do comportamento comparativo é conseguir se dar conta do impacto negativo que ele tem sobre nós. Será muito mais fácil mudar esse comportamento se você rastrear a origem da comparação e reconhecer a forma como ela o afeta.

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    Concentre-se no que você tem. Quando se der conta de que se comparar com outros é prejudicial, você buscará formas adicionais de mensurar o próprio sucesso. Além disso, você mudará o foco dos outros para si mesmo se começar a sentir e expressar gratidão pelos próprios talentos.

    • Passe mais tempo concentrando-se no lado bom e positivo da vida. Talvez você comece a enxergar mais coisas boas quando não estiver tão ocupado se comparando com os outros.

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    Mantenha um diário de gratidão. Esta é uma forma de se lembrar de tudo o que você tem, e vai ajudá-lo a prestar mais atenção nas coisas para as quais talvez você não tenha dado muito valor. Assim, você poderá valorizá-las daqui para frente. Pense em diversas recordações felizes, como coisas que você fez, lugares que visitou, amigos com os quais você passou o tempo juntos, qualquer coisa que o deixe o mais feliz possível. Concentre-se em ser grato por todas essas coisas.[4] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

    • Um diário de gratidão poderá aumentar suas chances de sucesso. No entanto, se você escrever apenas por escrever, sem nenhuma motivação real, ele poderá trabalhar contra seu progresso. [5] X Fonte Confiável Greater Good Magazine Ir à fonte Você deve se forçar a enxergar as coisas para as quais não deu o devido valor e sentir-se grato por elas. Tome a decisão de reconhecer o tamanho da sua gratidão e melhorar a própria vida.
    • Escreva de forma meticulosa. Em vez de simplesmente criar uma lista semelhante a uma lista de compras, elabore uma explicação minuciosa de algumas coisas pelas quais você seja grato.
    • Escreva sobre surpresas ou situações inesperadas. Assim, você terá a oportunidade de saborear novamente os bons sentimentos que vivenciou.
    • Você não precisa escrever diariamente. Pelo contrário, escrever duas vezes por semana pode ser mais benéfico do que fazê-lo todos os dias.

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    Seja gentil consigo mesmo. Sendo mais gentil e menos duro consigo mesmo, você se incentivará a ir além e a se esforçar mais.

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    Compreenda que está no controle da própria vida. Resistir ao impulso de se comparar com os outros é difícil, mas no final das contas, é você quem controla sua vida. Você é responsável pelas escolhas que guiarão sua vida em uma determinada direção e deve tomar as melhores decisões para si mesmo, e não para qualquer outra pessoa.[6] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

    • O que os outros têm ou fazem não importa, você é a única pessoa que importa em sua vida.

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    Compreenda o processo de transformação de comportamentos e pensamentos. Segundo o Modelo Transteórico de Mudança, [7] X Fonte de pesquisa Ir à fonte nós passamos por algumas fases até adquirirmos consciência de uma determinada situação. Os indivíduos atravessam um processo que culmina na aceitação de novos comportamentos. Os estágios desse processo incluem:

    • Pré-contemplação: nesta fase, o indivíduo ainda não está preparado para mudar. Muitas vezes, isso ocorre porque ele possui pouca ou nenhuma informação sobre o assunto em questão.
    • Contemplação: neste estágio, o indivíduo considera realizar uma mudança. Ele começa a pesar os ângulos positivos da mudança, mesmo estando ciente dos lados negativos.
    • Preparação: aqui, ele já tomou a decisão de mudar e já começou a fazer planos para colocar a mudança em prática.
    • Ação: durante esta fase, ele realiza esforços para mudar o próprio comportamento, como a redução ou o aumento de determinadas atividades.
    • Manutenção: tal estágio envolve a manutenção de um nível de atividade para garantir que o comportamento em questão permaneça alterado.
    • Término: Neste, o comportamento foi alterado de tal forma que o indivíduo já não sofre com recaídas, mesmo sob os efeitos do estresse, depressão, ansiedade ou de outros estados emocionais.

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    Entenda que idealizar alguém não é uma atitude realista. Nós nos concentramos apenas em determinados aspectos da pessoa idealizada, transformando-a em uma fantasia grandiosa criada por nossa mente. Nós olhamos apenas para as características que idealizamos e rejeitamos aquelas que não consideramos atraentes.

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    Substitua os pensamentos negativos pelos positivos. Quando nos comparamos com os demais, podemos acabar nos enxergando de forma negativa. Caso cultive ideias negativas sobre si mesmo, comece a transformá-las em pensamentos sobre coisas que admire em você.

    • Por exemplo, em vez de invejar os talentos de uma pessoa que sabe escrever muito bem, pense nos seus próprios talentos. Diga a si mesmo: "Talvez eu não seja o melhor escritor do mundo, mas sei desenhar muito bem. Além disso, posso trabalhar para aperfeiçoar minha escrita se quiser atingir esse objetivo, em vez de invejar o talento alheio".

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    Defina seus objetivos. Alcançar suas metas vai ajudá-lo a estabelecer a próprias vida e as próprias experiências, independentemente das expectativas alheias. Comece definindo um objetivo.

    • Caso queira correr uma maratona, defina isso como meta. Você poderá avaliar seu estado inicial (por exemplo, adquirir uma noção da distância que consegue percorrer antes de começar qualquer tipo de treinamento).

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    Acompanhe seu progresso. Após definir uma meta pessoal, acompanhe seu progresso para poder ter uma ideia do quanto está avançando em direção ao objetivo. Isso vai ajudá-lo a se concentrar em si mesmo e não nos demais.

    • Siga o próprio ritmo. Quando estiver monitorando seu progresso, leve sua situação única em conta. Por exemplo, se você estiver levando mais tempo para conseguir um diploma de pós-graduação do que alguns dos seus amigos, talvez deva pensar em como você também trabalha em tempo integral, cria uma família ou está cuidando dos seus pais idosos. Todos enfrentamos situações únicas que facilitam ou restringem nosso progresso, portanto, pense nas suas circunstâncias conforme acompanha a própria evolução.
    • Você pode monitorar o quanto melhora a cada semana se estiver treinando para uma maratona. Todas as semanas, aumente um pouco a distância percorrida, até atingir a marca de 40 quilômetros. Além disso, a velocidade aumentará juntamente com a distância. Crie gráficos do próprio progresso para ver o quanto já alcançou e até onde precisa ir.

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    Empenhe-se em melhorar as próprias habilidades. Participe de cursos, workshops e aulas para aprimorar suas técnicas e habilidades, caso existam algumas áreas em que você gostaria de se aperfeiçoar. Isso aumentará sua autoconfiança e vai ajudá-lo a saber seu valor e encontrar seu lugar no mundo.

    • É importante reconhecer que o perfeccionismo é uma mentalidade improdutiva na qual uma pessoa mantém um ideal irrealista como padrão de sucesso. Aceite que as circunstâncias de cada um são inteiramente únicas e que você pode aperfeiçoar as próprias habilidades para ser feliz.

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    Seja seu próprio competidor. Muitos atletas e atores de alto escalão afirmam competir contra si mesmos, pois estão constantemente tentando bater o próprio recorde pessoal. Tal é uma boa forma de elevar a autoestima, já que você atingirá metas cada vez mais altas. Quando um atleta quer ser o melhor em seu esporte, ele é encorajado a definir metas pessoais e a esforçar-se para correr mais rápido e aperfeiçoar as próprias habilidades.[8] X Fonte de pesquisa Ir à fonte

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    Julgue-se baseando-se nos próprios padrões. Quando você aprender a avaliar a si mesmo através dos próprios padrões, deixará de se comparar com os outros. Essa prática acaba com o sentimento de competição porque as expectativas das outras pessoas não são as mesmas que as suas. Você estará no controle dos resultados se reconhecer a própria capacidade de construir a vida que deseja para si mesmo. Julgue a si mesmo utilizando os seus padrões, e não os de qualquer outra pessoa.

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    Admire os outros, em vez de invejá-los. Pense nas vantagens que as outras pessoas têm a lhe oferecer. Caso você tenha amigos extremamente bem-sucedidos, considere como os círculos sociais deles estão cheios de pessoas que poderão ajudá-lo a ter mais sucesso na vida. Em vez de invejar o sucesso dos demais, use-o em seu benefício.

    • Por exemplo, talvez você costume olhar para as fotos de atletas e admirar a forma física deles. Em vez de se sentir inferior e com inveja, use essas imagens como fonte de motivação para realizar mudanças em sua vida. Você poderia decidir adotar novos hábitos alimentares e praticar mais atividades físicas. Dessa forma, estaria usando as fotografias de forma produtiva.

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    Assuma riscos ocasionais. Quando aprender a julgar a si mesmo baseando-se nos próprios padrões, você se sentirá mais livre para começar a assumir riscos pequenos e graduais, os quais permitirão que você cresça ainda mais como ser humano. Muitas vezes, o medo de assumir riscos nos impede de fazer o nosso melhor. Nós nos tornamos reféns do medo e não conseguimos ir além das expectativas alheias.

    • Comece dando pequenos passos, isso vai ajudá-lo a desenvolver autoconfiança nas próprias habilidades.

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    Construa uma rede de apoio. Quando nos cercamos de pessoas que nos apoiam, adquirimos uma melhor percepção sobre nós mesmos.

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    Seja seu próprio treinador. O bom treino vem em várias formas: existem treinadores que gritam e humilham seus jogadores, e existem aqueles que insistem em perfeição, exigindo que os atletas corram mais rápido, saltem mais alto ou nadem mais voltas, mas sempre fornecendo amor e apoio ao mesmo tempo. O treinador que ensina com amor ajudará a criar um ser humano mais equilibrado no geral.

    • Pense em você como seu próprio treinador e guie-se na direção da excelência. Sinta amor e admiração pelos próprios esforços, assim você conseguirá atingir as metas que definiu para si mesmo, elevando sua autoestima em vez de destruí-la.

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    Exponha-se menos à mídia e às redes sociais. Caso as representações idealistas dos meios de comunicação afetem sua autoestima de forma negativa, diminuir a exposição aos meios de comunicação e redes sociais é uma boa ideia. Limite o tempo que passa nas redes sociais, ou elimine-o por completo. Exclua ou desative seus perfis em redes sociais.

    • Caso não queira desativar ou apagar sua conta no Facebook, Twitter ou Instagram, limite o tempo que você passa todos os dias, ou todas as semanas, verificando seus perfis. Por exemplo, atenha-se a dez minutos por dia ou 30 minutos por semana, mas tome cuidado, porque até mesmo quantidades mínimas de exposição podem ser responsáveis pelo pensamento comparativo negativo.[9] X Fonte de pesquisa Turner, S., Hamilton, H., Jacobs, M., Angood, L., & Hovde Dwyer, D. (1997). The influence of fashion magazines on the body image satisfaction of college women: An exploratory analysis. Adolescence, 32(127), 603-614. Ir à fonte

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    Evite meios de comunicação que apresentem imagens idealizadas. Fique longe de revistas de moda, "reality shows", determinados filmes e músicas, etc. Caso você sempre esteja se comparando com um certo modelo ou atleta, evite revistas, programas de televisão ou jogos em que ele apareça.

    • Estudos demonstram que até mesmo uma exposição temporária aos meios de comunicação que retratem imagens idealizadas pode causar um impacto negativo sobre nossa autoestima e autoimagem.[10] X Fonte de pesquisa Turner, S., Hamilton, H., Jacobs, M., Angood, L., & Hovde Dwyer, D. (1997). The influence of fashion magazines on the body image satisfaction of college women: An exploratory analysis. Adolescence, 32(127), 603-614. Ir à fonte Isso pode até mesmo levá-lo a remoer pensamentos negativos e a apresentar sintomas de depressão.[11] X Fonte de pesquisa Feinstein, B., Hershenberg, R., Bhatia, V., Latack, J., Meuwly, N., & Davila, J. (2013). Negative social comparison on Facebook and depressive symptoms: Rumination as a mechanism. Psychology of Popular Media Culture, 2(3), 161-170. Ir à fonte

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    Comece a pensar de forma realista. As imagens idealizadas dos meios de comunicação nem sempre podem ser evitadas, portanto, tome cuidado se estiver se comparando com elas. Pense na realidade das pessoas ou das coisas aparentemente perfeitas.

    • Por exemplo, caso inveje o relacionamento perfeito que um amigo tem com a esposa, lembre-se de como ele teve dificuldades para encontrá-la e de todos os desafios que ele pode ter enfrentado no passado. Dessa forma, a empatia assumirá o lugar da inveja.
    • Quando vir alguém com o corpo, carro, ou a vida que você tanto deseja, tente pensar nas atitudes que pode tomar para chegar mais perto dessas metas e anote essas medidas em um papel.

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    Use as redes sociais positivamente, de formas que enriqueçam sua vida. Siga páginas educativas, informativas ou inspiradoras. Caso você queira ser bem-sucedido profissionalmente, siga páginas de empreendedores. Caso deseje alcançar uma melhor condição física, siga páginas de boa forma e de dietas saudáveis. Se quiser melhorar a mente e a personalidade, tente seguir páginas relacionadas ao cérebro e à psicologia.

  • Não tenha medo de se colocar em primeiro lugar, cuide de si mesmo. Se você estiver sempre tentando agradar aos outros, leia Como parar de ser submisso e Como superar a síndrome de mártir.
  • Comparar-se aos outros é um mau hábito muito comum e pode levar algum tempo até que você consiga mudar. Não desista.

  • Também não permita que outras pessoas o comparem com os demais.
  • Evite ficar muito estressado ou ansioso, tais sentimentos podem afetar negativamente nossa autoestima.

  1. Vogel, E., Rose, J., Roberts, L., & Eckles, K. (2014). Social comparison, social media, and self-esteem. Psychology of Popular Media Culture, 3(4), 206-222.
  2. Vogel, E., Rose, J., Roberts, L., & Eckles, K. (2014). Social comparison, social media, and self-esteem. Psychology of Popular Media Culture, 3(4), 206-222.
  3. http://journaltherapy.com/journaltherapy/journal-cafe-3/journal-course
  4. http://www.oprah.com/spirit/Martha-Beck-Whos-on-Top
  5. http://greatergood.berkeley.edu/article/item/tips_for_keeping_a_gratitude_journal
  6. http://jamesclear.com/quality-comparison
  7. http://www.prochange.com/transtheoretical-model-of-behavior-change
  8. https://www.sportpsych.org/nine-mental-skills-overview
  9. Turner, S., Hamilton, H., Jacobs, M., Angood, L., & Hovde Dwyer, D. (1997). The influence of fashion magazines on the body image satisfaction of college women: An exploratory analysis. Adolescence, 32(127), 603-614.

  1. Turner, S., Hamilton, H., Jacobs, M., Angood, L., & Hovde Dwyer, D. (1997). The influence of fashion magazines on the body image satisfaction of college women: An exploratory analysis. Adolescence, 32(127), 603-614.
  2. Feinstein, B., Hershenberg, R., Bhatia, V., Latack, J., Meuwly, N., & Davila, J. (2013). Negative social comparison on Facebook and depressive symptoms: Rumination as a mechanism. Psychology of Popular Media Culture, 2(3), 161-170.

Este artigo foi coescrito por Trudi Griffin, LPC, MS. Trudi Griffin é uma Terapeuta Profissional em Wisconsin. É especialista em Saúde Mental e Vícios. Oferece terapia a pessoas que lidam com problemas de vício em drogas, de saúde mental e de traumas. Atua em hospitals comunitários e em uma clínica particular. Formou-se em terapia de Saúde Mental pela Marquette University em 2011. Este artigo foi visualizado 90 855 vezes.

Categorias: Autoajuda e Autoestima

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