Por que a língua de sinais não é universal

É uma das perguntas e afirmações mais comuns, mas que não passa de um mito.

Confesso que não sei o que leva alguém a pensar isso, comentem aí... Talvez por acharem que na condição de surdo, esses sujeitos, independente da localização geográfica, sejam imunes às influências culturais de seu próprio país, será?

A realidade é que cada país tem uma língua de sinais estabelecida pela comunidade surda local, e, assim como as línguas de modalidade oral-auditiva, possuem variações regionais. Há ainda, comunidades indígenas que tem sua própria língua de sinais independente da estabelecida em âmbito nacional, no Brasil, em uma região da Amazônia - Urubu-Kaapor a língua de sinais dessa comunidade é a LSKB (Língua de Sinais Kaapor Brasileira), sabia?

Vamos pensar na realidade sociolinguística do português brasileiro, quanta diversidade cultural entre as macro, meso e microrregiões, não é mesmo? Historicamente, uma língua se estabelece por diversos fatores, um deles, por exemplo é a herança cultural influenciada pelos colonizadores e por aí vai...

Concluindo, não há como haver igualdade linguística diante de uma cultura tão diversificada!

Considerando tudo isso, já temos uma confirmação: cada país tem sua língua de sinais estabelecida e com variações regionais, assim como em línguas de modalidade oral-auditiva. Veja alguns cumprimentos básicos em três países.

Bom dia, boa tarde, boa noite em ASL American Sign Language

Como é em LSE Lengua de Signos Española

Agora, vejamos como é na Libras Língua Brasileira de Sinais

São bem diferentes, não é mesmo?

Por fim, caso queira se aprofundar nessa temática, recomendo este vídeo sobre Diversidade das Línguas de Sinais indígenas no Brasil

Você já teve contato com alguma língua de sinais?

Deixe seu comentário, gostaria de saber como foi sua experiência.

Libras, a língua brasileira de sinais não é universal. Cada país, cada cultura, cada comunidade surda tem sua própria língua de sinais. Precisamos esclarecer essa dúvida que sempre aparece, quando se fala de Libras, a língua dos surdos brasileiros.

De antemão é preciso entender que uma língua determina uma cultura. É importante saber que qualquer língua, na sua construção, vai sofrendo influências de várias outros idiomas. O português, por exemplo, teve por base o latim e o grego. Mas seguimos ampliando o nosso vocabulário, tomando de empréstimo e aportuguesando novas expressões, das mais diversas origens. Também é o caso da língua de sinais. Libras é uma língua em construção, mas definitivamente não é universal e sim a Língua BRASILEIRA de Sinais!

Libras, a língua de sinais no Brasil

Imagem: Divulgação

Os surdos de cada país possuem a sua própria língua. É claro que algumas coisas se assemelham, mas todas elas são estruturalmente diferentes e têm várias outras características que são bem específicas.

Uma curiosidade importante é que Libras surgiu inspirada na língua francesa de sinais. Por isso há alguns aspectos parecidos com essa língua.  Mas certamente em cada lugar, em cada país, a língua de sinais é diversificada.

Até dentro do nosso país há variações. Sendo assim, o surdo do Nordeste fala Libras com algumas particularidades diferentes do surdo do Sudeste. Só para citar um exemplo. Não é interessante que funcione exatamente do mesmo jeito que os sotaques na Língua Portuguesa? Em síntese, o regionalismo também está sempre presente na Libras!

Libras é a primeira língua, a língua materna do surdo brasileiro. Ela foi reconhecida pela lei 10.436 de 2002. Desde esse ano ficou oficializada como língua de comunicação e expressão dos surdos do nosso país. O português é a segunda língua, aprendida e usada na modalidade escrita.

Para esclarecer um pouco mais, precisamos enfatizar:  nos Estados Unidos, os surdos utilizam a Língua Americana de Sinais (ASL). Na França, a Língua Francesa de Sinais (LSF), no Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), na Itália, a língua Italiana de Sinais (LIS) e por aí vai…

É mito que Libras, a língua Brasileira de sinais, é universal.

Esse mito de Libras como língua universal originou-se do preconceito de que Libras seria uma mímica. Sob o mesmo ponto de vista, Libras poderia ser considerada um código, utilizado pelos surdos em qualquer lugar do mundo. Mas a nossa língua de sinais é tão completa e complexa como qualquer outra língua. Como o português, ela também possui estrutura, semântica e sintaxe próprias. Ah! E determina a cultura surda.

Isso mesmo! O surdo brasileiro é um cidadão, inserido na nossa sociedade. É óbvio que ele compartilha elementos da cultura brasileira.  Entretanto sabemos que ele percebe e apreende o mundo de outra forma, prioritariamente através da visão. E que tem uma língua diferente da nossa, que é visiospacial. Embora seja brasileiro, reivindica também uma cultura própria.

E, somente para esclarecer, dentro da nossa nação temos outros grupos culturais.  Eles usam, entre si, outras formas de comunicação e expressão. É o caso de algumas tribos indígenas. Mas isso nós já sabemos e respeitamos.

Agora estamos aprendendo também sobre a língua e a cultura da comunidade surda, no Brasil.

Você é capaz de entender e respeitar? Você é capaz de acolher e incluir o surdo?

Se a sua resposta for positiva, provavelmente dirá que só não sabe como fazer isso. Não tem problema. A maioria de nós realmente não sabe ainda como lidar com a surdez, com o sujeito surdo. Normalmente ficamos incomodados, constrangidos por não saber falar sua língua.

Isso agora ficou fácil de resolver.

convidamos você a conhecer a SignumWeb que foi criada por um surdo, o Felipe Barros, graduando de Tecnologia da Informação da Puc Minas.

O objetivo dessa plataforma é intermediar a relação do ouvinte com o surdo e se colocar a serviço da interpretação entre português e Libras, intermediando essa relação através de profissionais de Libras, virtuais, humanos, com qualificação reconhecida pelo MEC.

Nossos serviços acontecem em tempo real. Não há necessidade, portanto, de agendamento prévio. Afinal, nossas necessidades diárias podem surgir a qualquer momento, não é mesmo? Assim também acontece com os surdos.

Acessibilidade comunicativa faz bem para todos! Vem!

Uma língua determina uma cultura. Normalmente, em sua construção, a língua sofre a influência de várias outras. O português, por exemplo, teve por base o latim e o grego, embora sigamos aportuguesando expressões de diversas origens. Esse também é o caso da língua brasileira de sinais, a chamada Libras.

A Libras, ao contrário do que se possa imaginar, não é uma língua universal. Ela também não é um conjunto de gestos que serve para traduzir as línguas dos ouvintes. Detalhe importante é que a Libras é um idioma reconhecido por lei no Brasil, contando com estrutura e regras próprias.

Ficou curioso? Hoje, vou falar mais sobre a origem da língua de sinais e de sua importância para garantir acessibilidade. Confira a seguir!

Conheça a origem da língua de sinais no Brasil

Os surdos de cada país possuem sua própria língua. É claro que algumas coisas se assemelham, mas as línguas são diferentes e têm suas características específicas. Como a Libras surgiu inspirada na Língua Francesa de Sinais, existem alguns aspectos parecidos, mas cada lugar apresenta sua diversificação.

No Brasil, a língua de sinais ganhou espaço a partir de 1857, ano em que Eduard Huet, a convite de D. Pedro II, fundou a primeira escola para pessoas surdas no país, chamada Imperial Instituto de Surdos Mudos, hoje conhecida por Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Com a fundação da escola, os surdos brasileiros criaram a Libras, originada das diferentes formas de comunicação dos surdos de outros locais do país.

Entretanto, mesmo dentro do Brasil, a Libras apresenta variações. O surdo do Nordeste, por exemplo, fala Libras com algumas particularidades diferentes do surdo do Sudeste. Funciona do mesmo jeito que os sotaques na língua portuguesa. O regionalismo está sempre presente!

Libras é a língua materna do surdo brasileiro, reconhecida por lei desde 2002 como língua dos surdos do nosso país. Nos Estados Unidos, é utilizada a Língua Americana de Sinais. Na França, a Língua Francesa de Sinais e por aí vai.

Esse mito da universalidade se originou do preconceito de que Libras seria um código, utilizado pelos surdos em qualquer lugar do mundo. No entanto, a nossa língua de sinais é tão completa quanto qualquer outra língua. Possui estrutura, semântica e sintática próprias. Ah! E determina a cultura surda.

Isso mesmo! O surdo é um brasileiro que percebe e apreende o mundo de outra forma, tendo uma língua diferente da nossa. Embora seja brasileiro, reivindica também uma cultura própria. Por isso, quanto mais se aprende sobre a diversidade de condições e realidades, mais inclusiva e justa torna-se uma sociedade.

Entenda a importância da língua de sinais para promover acessibilidade

Para garantir o direito à acessibilidade, sobretudo no ramo empresarial, é mais que fundamental que gestores e líderes entendam a importância da língua de sinais para a realidade dos colaboradores surdos e, também, dos ouvintes. Mesmo porque muitos dos surdos brasileiros aprenderam primeiro Libras e não conseguem compreender muito bem a estrutura da língua portuguesa.

Sendo assim, oferecer cursos ou, até mesmo, incentivar que os funcionários aprendam pelo menos o básico da Libras é um passo imprescindível para começar a transformar a realidade da acessibilidade dentro da companhia.

Se esses colaboradores se interessarem, poderão fazer um curso completo, como necessário para domínio de qualquer outra língua. Essas medidas garantem, por exemplo, a ampliação da inclusão dos surdos, além de promover, com isso, maior bem-estar no ambiente de trabalho.

Dessa forma, o colaborador se sente mais acolhido para se expressar diante dos colegas, contribuindo, sobretudo, para a melhoria de sua comunicação e para a redução dos conflitos nas equipes. Os ouvintes também têm a chance de ampliar o seu entendimento sobre as possibilidades e capacidades humanas, percebendo diversos potenciais nas pessoas surdas.

Geralmente, os programas de acessibilidade nas empresas servem para incentivar a diversidade, engajando os profissionais internos e externos com uma proposta voltada para atender, da melhor forma, as pessoas surdas. O objetivo, portanto, é fortalecer o relacionamento com as diferentes comunidades nas quais os colaboradores se inserem e interagem.

Descubra como implementar a língua de sinais em sua empresa

A maioria de nós ainda não sabe realmente como lidar com a surdez, com o sujeito surdo. Normalmente ficamos incomodados, constrangidos por não saber falar sua língua. Isso pode ser ainda mais desmotivador para os colaboradores e clientes surdos que dependem da língua de sinais para se expressar.

A acessibilidade comunicacional é considerada, atualmente, uma nova forma de se relacionar — até porque o aumento do número de pessoas que se comunicam em Libras muda a rotina das empresas. Dessa forma, é preciso que as companhias utilizem ferramentas específicas e invistam na capacitação de seu quadro de funcionários.

Por isso mesmo, convidamos você a conhecer a SignumWeb, uma tecnologia assistiva inovadora que foi criada por um surdo, o Felipe Barros, graduando de Tecnologia da Informação da PUC Minas.

O objetivo é intermediar a relação do ouvinte com o surdo e se colocar a serviço da interpretação entre a língua portuguesa e a Libras, intermediando essa relação com o auxílio de profissionais de Libras virtuais e humanos, com qualificação reconhecida pelo MEC.

Nossos serviços acontecem em tempo real. Não há necessidade de agendamento prévio, pois nossas necessidades diárias podem surgir a qualquer momento, não é mesmo? Assim também acontece com os surdos. Sem contar que acessibilidade comunicativa faz bem para todos!

Entender as particularidades da língua de sinais é uma tarefa fundamental para colaboradores, gestores e líderes empresariais. A aproximação com a língua propicia maior acessibilidade comunicacional, permitindo que os surdos sejam, de fato, integrados e compreendidos, ampliando as relações dentro do ambiente de trabalho.

Gostou do conteúdo? Ainda tem dúvidas sobre a língua brasileira de sinais ou sobre como apoiar a inclusão no seu ambiente de trabalho? Deixe o seu comentário!

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